sábado, 7 de dezembro de 2013

A Maldição do Tigre (resenha)

A Maldição do Tigre
Autoria: Colleen Houck
Edição: Arqueiro.
Nota: 1 estrela.
Sinopse: Kelsey Hayes perdeu os pais recentemente e precisa arranjar um emprego para custear a faculdade. Contratada por um circo, ela é arrebatada pela principal atração: um lindo tigre branco. Kelsey sente uma forte conexão com o misterioso animal de olhos azuis e, tocada por sua solidão, passa a maior parte do seu tempo livre ao lado dele. O que a jovem órfã ainda não sabe é que seu tigre Ren é na verdade Alagan Dhiren Rajaram, um príncipe indiano que foi amaldiçoado por um mago há mais de 300 anos, e que ela pode ser a única pessoa capaz de ajudá-lo a quebrar esse feitiço. Determinada a devolver a Ren sua humanidade, Kelsey embarca em uma perigosa jornada pela Índia, onde enfrenta forças sombrias, criaturas imortais e mundos místicos, tentando decifrar uma antiga profecia. Ao mesmo tempo, se apaixona perdidamente tanto pelo tigre quanto pelo homem.

Avaliação: Antes de tudo, quero dizer que sou fã da editora Arqueiro. É minha editora favorita e geralmente gosto de todas as suas publicações. Porém, tenho uma opinião bem diferente com relação à Maldição do Tigre. Não entendo esse alvoroço todo em torno desse livro. Eu esperava mais, bem mais. E olha que eu nem criei expectativas, por não ser exatamente meu gênero de leitura. Mesmo assim, me decepcionei. A capa é magnífica! A premissa é interessantíssima. É o tipo de livro que tem tudo para fazer você querer comprar e amar. Além do mais, muitas pessoas fizeram uma propaganda incrível da história. Ou seja, eu esperava que pelo menos fosse me divertir. Só que não foi bem isso que aconteceu.

Kelsey perdeu os pais há dois anos e mora com seus pais adotivos. Vivem harmoniosamente e embora sinta falta dos pais biológicos, ela não vive sofrendo pelos cantos. No mais, ela vive uma vida absolutamente normal. No verão, ela resolve procurar um emprego e acaba sendo contratada por um pequeno circo. É nesse circo onde ela conhece o magnífico tigre Dhiren. Não demora muito e ela se afeiçoa a ele e ele a ela. Nota-se pelo comportamento dele, sempre afável e dócil com a garota.

Certo dia aparece um senhor querendo comprar o tigre, leva-lo de volta para a Índia. Kelsey, por estar muito familiarizada com o tigre e suas necessidades, é convidada a acompanha-lo até seu destino. A garota vai e ao chegarem à Índia, a verdadeira aventura começa. Ela descobre sobre a maldição e que o tigre é na verdade um príncipe e que todo dia, Ren (apelido de Dhiren) pode ficar sob a forma humana por 24 minutos.

Por mais que eu não tenha gostado de A Maldição do Tigre, eu admito que todo capítulo teve uma aventura nova por conta dos testes que Kelsey e Ren tinham que enfrentar para quebrar a maldição. Lá no fundo, eu entendo o motivo de tantas pessoas amarem esse livro. Um dos pontos positivos e que eu tiro o chapéu para a autora, é o fato de abordar os mitos hindus, a cultura da Índia e tudo mais. Foi bem original da parte dela e acredito que ela soube fazer isso de forma excepcional. Além de ter uma linguagem rápida e que suspeito ter fluído para muitas pessoas. Menos pra mim.

Eu não tenho problemas em ler algo num ritmo mais lento, mais detalhado. Há histórias que se encaixam perfeitamente em ritmos lentos. Outras que pedem uma agilidade. A Maldição do Tigre tinha essa agilidade, mas isso me incomodou. Achei tudo rápido demais e metódico demais. Era como se as coisas fluíssem de forma sistemática e sem emoção. Como era narrado em primeira pessoa, acho que a Kelsey podia ter passado mais sentimento. Era um livro que tinha uma história maravilhosa em potencial, mas que pecou em emoção. Eu me senti lendo um livro em terceira pessoa mal escrito.

“Ele provavelmente se apaixonaria por qualquer garota que estivesse destinada a salvá-lo. Além disso, um cara como ele jamais se sentiria atraído por alguém como eu. Ren era como o Super-Homem e eu tinha que admitir que não era nenhuma Lois Lane. Quando a maldição estiver quebrada, ele provavelmente vai querer namorar top models. E tem mais: eu sou a primeira garota por perto em mais de 300 anos – e, embora a linha do tempo seja um pouquinho diferente, ele é o primeiro homem por quem já senti alguma coisa. Se eu alimentar a ilusão de ficar com ele para sempre depois que isso tiver acabado, com certeza vou quebrar a cara.”

E para não dizer que a protagonista não tentava se expressar, ela bem que tentava. Mas quando o fazia, passava uma impressão de infantilidade. Se me pedissem para defini-la em uma palavra, seria essa; infantil. Por mais que a autora a descrevesse como forte, corajosa, esperta e muitas outras coisas, eu não conseguia enxergar nada disso nela. Parecia tudo muito forçado. Tudo na Kelsey me parecia forçado! A garota tem dezoito anos, mas age e sente de forma tão adolescente. Pra fechar com chave de ouro meu desprezo completo por ela, nos últimos capítulos ela ainda tem uma crise de inferioridade.

Quanto aos outros personagens, eu não me afeiçoei a nenhum. A maioria dos personagens eram bonzinhos, simpáticos e com personalidades muito parecidas. Ou seja, eram tediosos.  

Acredito que o grande problema estava na escrita da autora, na sua forma de narrar uma história. Nada me prendeu a atenção. O que é uma pena, pois tinha potencial.

No mais, a capa é maravilhosa, como já citei no inicio. A diagramação está muito bem feita (que eu lembre) e as folhas são boas de ler.


Não digo que não recomendo, pois gosto é gosto. Mas digo que foi um dos livros mais chatos que li na vida.

Por: Mar

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