Os Homens Que Não
Amavam As Mulheres - Trilogia Millennium
Autoria: Stieg
Larsson
Editora: Companhia
das Letras
Nota: 5 estrelas
Sinopse: Primeiro volume de trilogia cult de
mistério que se tornou fenômeno mundial de vendas, Os homens que não amavam as
mulheres traz uma dupla irresistível de protagonistas-detetives: o jornalista
Mikael Blomkvist e a genial e perturbada hacker Lisbeth Salander. Juntos eles
desvelam uma trama verdadeiramente escabrosa envolvendo a elite sueca.
Os homens que não amavam as mulheres é um enigma a portas fechadas - passa-se na circunvizinhança de uma ilha. Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à ilha onde ela e diversos membros de sua extensa família se encontravam. Desde então, a cada ano, Henrik Vanger, o veelho patriarca do clã, recebe uma flor emoldurada - o mesmo presente que Harriet lhe dava, até desaparecer. Ou ser morta. Pois Henrik está convencido de que ela foi assassinada. E que um Vanger a matou.
Quase quarenta anos depois o industrial contrata o jornalista Mikael Blomkvist para conduzir uma investigação particular. Mikael, que acabara de ser condenado por difamação contra o financista Wennerström, preocupa-se com a crise de credibilidade que atinge sua revista, a Millennium. Henrik lhe oferece proteção para a Millennium e provas contra Wennerström, se o jornalista consentir em investigar o assassinato de Harriet. Mikael descobre que suas inquirições não são bem-vindas pela família Vanger. E que muitos querem vê-lo pelas costas. De preferência, morto. Com o auxílio de Lisbeth Salander, que conta com uma mente infatigável para a busca de dados - de preferência, os mais sórdidos -, ele logo percebe que a trilha de segredos e perversidades do clã industrial recua até muito antes do desaparecimento ou morte de Harriet. E segue até muito depois.... até um momento presente, desconfortavelmente presente
Os homens que não amavam as mulheres é um enigma a portas fechadas - passa-se na circunvizinhança de uma ilha. Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à ilha onde ela e diversos membros de sua extensa família se encontravam. Desde então, a cada ano, Henrik Vanger, o veelho patriarca do clã, recebe uma flor emoldurada - o mesmo presente que Harriet lhe dava, até desaparecer. Ou ser morta. Pois Henrik está convencido de que ela foi assassinada. E que um Vanger a matou.
Quase quarenta anos depois o industrial contrata o jornalista Mikael Blomkvist para conduzir uma investigação particular. Mikael, que acabara de ser condenado por difamação contra o financista Wennerström, preocupa-se com a crise de credibilidade que atinge sua revista, a Millennium. Henrik lhe oferece proteção para a Millennium e provas contra Wennerström, se o jornalista consentir em investigar o assassinato de Harriet. Mikael descobre que suas inquirições não são bem-vindas pela família Vanger. E que muitos querem vê-lo pelas costas. De preferência, morto. Com o auxílio de Lisbeth Salander, que conta com uma mente infatigável para a busca de dados - de preferência, os mais sórdidos -, ele logo percebe que a trilha de segredos e perversidades do clã industrial recua até muito antes do desaparecimento ou morte de Harriet. E segue até muito depois.... até um momento presente, desconfortavelmente presente
Avaliação: Certa
vez li uma crítica (positiva) sensacional sobre a trilogia Millennium. Ainda não li todos,
mas essa crítica se encaixava perfeitamente no primeiro volume. Em poucas
palavras, dizia tudo o que eu pensava sobre os
homens que não amavam as mulheres. Não
é o melhor livro, nem o mais bem escrito, nem com o melhor dos enredos, mas há
uma genialidade na forma como Stieg descreve os fatos e conduz a história, que
justifica tamanho o sucesso de sua trilogia. Usando minhas palavras, era
basicamente isso que dizia a crítica.
Como sou apaixonada por livros de mistério, suspense e
romance policial, acabei me tornando crítica demais quando leio algo do gênero.
Também sou muito chata quando se trata de personagens. A história pode ser
horrível, mas se os personagens forem bem construídos, tudo ganha uma nova cor.
Com os homens que não amavam as mulheres,
eu tive o deleite de ler algo bem escrito, bem embasado, com personagens
interessantes e um enredo instigante. Ou seja, um livro completo.
Nesse primeiro livro nós conhecemos a dupla que aparecerá
nos outros dois volumes, o jornalista Mikael Blomkvist e a hacker Lisbeth
Salander. Ele é condenado por difamação e sua revista Millennium acaba sofrendo
as consequências. Por conta disso, ele resolve se afastar por um tempo do
trabalho. Mas logo em seguida um idoso empresário, Henrik Vanger decide contratá-lo
para investigar um crime que aconteceu em sua família há muitas décadas. Mesmo
relutante Mikael acaba aceitando. E só mais para o meio do livro, é que Lisbeth
se junta a ele na investigação.
O desaparecimento de Harriet Vanger, sobrinha de Henrik, é o
grande mistério. E para solucionar o caso, a história da família Vanger é
detalhadamente contada no decorrer das páginas. Uma história bem interessante e
instigante, pois os familiares de Henrik são complexos, misteriosos e de
temperamentos imprevisíveis. Isso faz com que, mesmo que o ritmo da escrita de
Stieg seja lento para um livro do gênero, o leitor continue ligado ao enredo.
Sei que pode parecer que o ritmo mais lento para o
desenvolvimento da solução do crime seja algo negativo, mas não é. Não é pelo
simples fato de que, a atenção que é tirada do suspense em si, volta-se para a
construção dos dois personagens principais. Aos poucos, conhecemos Lisbeth, uma
garota de vinte e poucos anos, antissocial, cheia de piercings, com uma
tatuagem de dragão nas costas, com um estilo punk e uma hacker inteligentíssima.
E um jornalista conhecido que vê sua vida desmoronando após ser condenado por
difamação.
Os dois personagens principais são o ponto alto do livro, em
minha opinião. Lisbeth é o tipo de personagem que é impossível não gostar ou
não se reconhecer, nem que seja um pouquinho, se você for mulher. É, sem
sombra de duvidas, uma das protagonistas femininas que eu mais amei. E talvez a
que eu mais tenha me identificado em vários aspectos. Não no sentido
intelectual ou no jeito de se vestir. É difícil explicar, pois foram aspectos sutis
dela que eu acabei me identificando. Só o fato de ela existir no enredo, me fez
gostar automaticamente de 50% da história. Os outros 50% ficou por conta de
Mikael e do mistério do desaparecimento de Harriet.
Aliás, a melhor cena do livro foi quando Lisbeth se vinga de
um homem. Um homem nojento e asqueroso. É uma cena extremamente pesada, mas que
eu vibrei na leitura. Senti-me vingada por ela. Senti que, talvez se fosse eu
no lugar dela, teria vontade de fazer exatamente igual. Não sei se teria
coragem, então, me realizei ao ler sua atitude. E acredito que muitas mulheres sentiram o mesmo com a leitura. O mais interessante, é que mesmo o autor sendo homem, ele realmente
captou o sentimento feminino nessa situação especifica.
Quando eu comecei a ler, fiquei curiosa para saber o motivo
do título do livro. Mas confesso que só fez sentido pra mim, perto do fim. Ao
terminar a leitura, você percebe que Stieg não poderia ter escolhido título
melhor. E ainda fica admirada com o fato de um homem abordar um tema desses com
tamanha precisão. Na verdade, me sinto até agradecida a ele, por criar uma
história tão bem feita sobre um assunto tão sério do mundo feminino.
Talvez o desfecho do mistério seja até óbvio para algumas
pessoas. Confesso que não fiquei surpresa, mas ainda assim, admirei o
desenrolar todo e fiquei muito satisfeita com o final. Muito em breve, pretendo
ler A menina que brincava com fogo (continuação).
Uma pena o autor ter falecido antes da sua trilogia se
tornar um sucesso.
A arte da capa é muito bonita. O papel é bom de ler e as
letras tem um tamanho confortável.
Recomendo para quem quer apreciar uma boa obra literária.
Por: Mar
Gostei bastante da resenha.
ResponderExcluirSeguindo o blog.
Beijos
Isabelle
http://www.verbosdiversos.com/2013/12/sorteio-akelon-marcadores.html
Oi Mar! Acabei de esbarrar pelo seu blog (no skoob) e gostei muito das suas resenhas! Vi que seu blog também é recém nascido e me surpreendi pela qualidade! Parabéns à vc e à Mel! Meu gosto literário é parecido com o de vocês.
ResponderExcluirSobre esse livro, é um dos meus favoritos! E acho que você vai amar os outros dois (caso ainda não tenha lido)!
:*